Hoje se encerra mais um capítulo na história tricolor, Ávine, o menino maluquinho, teve seu contrato encerrado e não segue mais conosco. O moleque nos deixa um legado de amor ao clube e bom futebol, com certeza está entre os maiores laterais que passaram pela nosso time. Após sua triunfante atuação pela nossa LE, quem chega tem de jogar muita bola, pois toda a Nação cobra o padrão Ávine de excelência; todo moleque que sobe da base, além de apresentar bom futebol, também sofre a cobrança de representar o torcedor em campo, como Ávine fez de 2006 a 2016.
Valeu Ávine, siga sua carreira e seja feliz, mas, no futuro, volte ao nosso Bahia para ensinar a molecada a magia dos seus dribles e a amar este clube como o torcedor.
Reproduzo o post que publiquei na volta do Menino Maluquinho contra o Papão.
Quem se importa com a Copa do Brasil?
Na
última quarta-feira, o Bahia foi eliminado na Copa do Brasil, em pleno
Pituaço, pelo Paysandu. Mas, quem teve contato com um tricolor na
quinta, seja pessoalmente, nas redes sociais, ou lendo comentários na
Internet, não reparou tristeza, nem ouviu lamento, a turma tricolor era
só alegria.
De fato, desde o início da semana,
esta sensação já era esperada, pouco importava o resultado do jogo,
ganhar, perder, passar de fase ou ser eliminado passaram a ser meros
detalhes, o que importava era a volta de Ávine aos gramados. Anunciado
entre os convocados para o jogo foi o assunto principal dos milhares de
grupos tricolores, a preocupação que imperava era se ele entraria de
primeira, se aguentaria 90 minutos, se sentiria o joelho, dúvidas e mais
dúvidas, que só poderiam ser respondidas com o jogo. E veio o grande
momento, Ávine perfilado entre os titulares na hora do hino e tendo seu
nome gritado pela torcida, passava a ser a grande esperança de novamente
termos um lateral esquerdo digno do Esquadrão.
Entretanto,
para a nossa turma, Ávine representa muito mais do que isto, representa
a esperança de termos novamente um torcedor em campo, um jogador
identificado com o clube e, principalmente com a torcida, um líder
dentro e fora do campo, ou seja, um ídolo de verdade.
Mas,
quem é Ávine? Conhecido como o Menino Maluquinho, emergiu da base
tricolor no nosso momento mais difícil, quando estávamos amargando o
inferno da terceirona, junto com Danilo Rios, Rafael Bastos e Bruno
César passaram a ser esperança tricolor de dias melhores. Como a
história mostra, os três últimos não fizeram história no tricolor. Mas, o
Menino Maluquinho sim, foi um dos principais jogadores na saída do
inferno, marcando o 3º gol, por coincidência o último da antiga Fonte
Nova, no jogo que praticamente definiu nossa subida; foi ao lado de Jael
os principais jogadores da subida da 2ª para a primeira em 2010; em
toda sua trajetória pela nossa lateral esquerda, o moleque abusou dos
dribles, dos cruzamentos perfeitos e encheu a galera de alegria.
Só
isto bastaria para entrar na história do clube e na memória da torcida,
entretanto tudo isto é insignificante quando nos lembramos do drama
vivido a partir de 2011, uma contusão no joelho o tirou de campo, foram
anos de tratamento, cirurgias intermináveis, algumas tentativas
frustradas de retorno, brigas com a diretoria, o lamento por não ter
estado em campo em nosso título baiano de 2012, marcaram o período. Mas,
a esperança sempre lá em cima, as entrevistas sempre com mensagens
positivas para a torcida, o apoio da família e dos amigos, fizeram que o
moleque aguentasse a barra e voltasse.
Este
exemplo de superação teve seu primeiro capítulo na última quarta-feira.
Dentro de campo, Muhammad Ávine foi um verdadeiro tricolor, garra,
disposição e o bom futebol não faltaram. A bola na trave, em uma
cobrança de falta no primeiro tempo, foi o momento apoteótico juntando a frustração do não gol, com a alegria de poder gritar, ÁVINE VOLTOU
PORRA.
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