Sinceramente, espero que a Diretoria do Bahia, nosso treinador e nossos jogadores não se apeguem à falha do arbitro na marcação do pênalti para justificar mais esta derrota para o rival. Precisamos sim, reconhecer que nossa atuação foi pífia; que nosso meio-campo se escondeu do jogo; que nossas estrelas, se é que a temos, jogaram um futebol burocrático e não puxaram a responsabilidade quando preciso; e que nosso treinador foi pouco ousado, para dizer o mínimo, e se limitou a repetir o esquema tático que já tinha sido engolido no último jogo contra eles.
Criticar e achar soluções depois da derrota é fácil, mas estava na cara que Doriva teria de alterar o esquema do Bahia para este jogo. O resultado era nosso, tínhamos de ter povoado o meio e sair no contrataque, não precisávamos entrar com 3 jogadores na frente desde o início. Porra Doriva, arrisque mais, saia da mesmice e da zona de conforto.
O jogo começou com muita disputa e marcação, nada acontecia de nenhum dos dois lados, O time do Bahia, sem meio campo, se limitava a dar chutões para frente, algumas vezes com Lomba, outras com a zaga, em duas destas até chegamos, mas erramos os cruzamentos, facilitando o corte da defesa. Nosso meio foi incapaz de buscar a bola, Feijão pilhado, mas apagado, não se apresentava, Danilo Pires aberto pela direita não aparecia, e Juninho bem marcado por um dos volantes dele, estava sumido. Novamente, Mancini posicionou Marinho e Vander abertos pelas pontas, impedindo a nossa saída pelos lados.
Defensivamente, o Bahia anulava bem as tentativas de investidas do rival pelos lados, nossos laterais vinham dando conta do recado. No primeiro lance que Moisés deu espaço para o cruzamento, o juiz inventou um pênalti. Gol dos caras.
O jogo continuou na mesma toada, tivemos uma chance de empatar numa falha da defesa deles, mas Hernane adiantou muito a bola. Por outro lado, nossos laterais já subiam mais e começaram a dar espaço pela pontas, numa destas, eles chegaram ao segundo, depois de uma escapada de Vander e uma boa conclusão de Amaral. Entendo que Lomba não falhou, a bola fez uma curva saindo dele. Ainda tivemos mais duas chances, mas Edigar Junio concluiu a primeira como uma criança de escolinha e DP fez o que a teoria manda, cabeceou para baixo, mas a bola subiu muito.
O segundo tempo começou com os dois times mais dispostos, o Bahia começou a chegar mais, mas dava muito espaço para o contrataque dos caras, nossos laterais caíam antes de ser driblados, bastava a ginga e o cara despencava, ridículo. Luisinho entrou no lugar de EJ e desperdiçou uma grande chance, faltou calma e categoria. Juninho começou a aparecer e com ele os erros, Doriva se cansou e colocou Gustavo Blanco. Entendo que GB entrou bem, com boa movimentação, foi o primeiro meia do Bahia que veio buscar a bola na zaga. Henrique entrou no lugar de ThR e mostrou que tem de evoluir muito para ser útil.
Se o time do rival tivesse um pouco mais de qualidade, poderia ter decidido o campeonato hoje, pois a partir dos 30 minutos, o Bahia sumiu em campo, se tornou um time sem alma, sem vontade, sem brio e poder de recuperação, ou seja, um arremedo de equipe sem nenhuma organização tática. Errávamos um passe atrás do outro e demos diversas chances de contrataque, na única que acertaram, Lomba fez uma grande defesa.
Para mim a cara do Bahia no jogo foi Moisés, por duas vezes ele chegou em excelente condições pela esquerda, nas duas fez merda. Mostrando falta de capacidade técnica e, sobretudo, insegurança e medo de decidir. Na segunda era para afundar o goleiro, mas nosso lateral se aputou e decidiu cruzar passando a responsabilidade para outro decidir. Na marcação, ele era facilmente vencido com a maioria dos nossos "atletas". Ou seja, este foi nosso retrato hoje, a bola queimava em nossos pés, nosso jogadores queriam se livrar da mesma de qualquer jeito, além de sermos inseguros na marcação.
Marcelo Santana e Companhia, independentemente do que aconteça no próximo jogo, estejam cientes que precisamos nos reforçar muito para a Série B. Concordo que o primeiro semestre é realmente para se contratar pouco e fazer testes, que tivemos um bom desempenho nas fases classificatórias, mas na hora do vamos ver, da onça beber água, de mostrar a diferença dos vencedores para os perdedores, estamos tomando pau repetidamente, assim vai ser difícil ser aprovado no final do ano.
Encerrando, desde antes a saída de Sérgio Soares que defendo a contratação de Doriva para ser nosso treinador, mas depois dos nós que ele tomou de Mancini, Marquinhos Santos e Milton Mendes, começo a ter dúvida se ele está prepara, se é o cara certo para nos conduzir na Série B. O que mais me preocupa é que em nenhum dos jogos, ele mostrou capacidade de alterar o cenário do jogo, em todos assistiu passivamente o time ser dominado pelo adversário.
No mais, ainda não acabou, o time deles tem falhas que podem nos levar ao título no próximo domingo. Derrotado, mas não vencido. BBMP
No mais, ainda não acabou, o time deles tem falhas que podem nos levar ao título no próximo domingo. Derrotado, mas não vencido. BBMP
Atuações pífias foram em todos os jogos. Raros momentos de futebol de alguma qualidade. Nossa forte de alimentação até então, foi à ruindade alheia. Quando a festa o traje exigido era calça comprida fomos barrados no baile. Quanto ao técnico. Concordo, fraco e fracassado em duas oportunidade este ano. Finalizado o Campeonato Baiano teria que ser demitido, exceto que se vencesse a espécie de triangular ou quadrangular com o Vitória que na verdade e a exata tradução do Campeonato Baiano.
ResponderExcluirMas sabemos: O estilo “quebrador de paradigma” do presidente do clube, será mantido assim como preconiza e recomenda os livros de gestão esportiva, guia espiritual do clube. Portanto, Doriva ficará com qualquer resultado no Domingo e na própria Serie B, o exemplo Sérgio Soares ainda vive. Falcão fez um belo trabalho fim de Campeonato brasileiro no Sport, perdeu para o Campinense, já era se foi e a fila andou.
Sim, o inicio de ano é para contratar e testar jogadores, vou além, e técnico também. Este foi testado e reprovado. O
Domingo, o Bahia foi tão irritante quanto no jogo contra o santa Cruz, que nos desclassificou do Nordestão. Um time previsível, que se deixou abater completamente depois que tomou o primeiro gol. Aliás, tem sido assim nos últimos Ba x vices. O time começa com uma breve empolgação, mas se entrega quando toma o primeiro gol e não demonstra poder de reação.
ResponderExcluirMiguel, discordo que não houve falha de Lomba no segundo gol. Ele está se especializando em tomar gol em chute no alto e de fora da área. Ele tem um excelente reflexo e é um paredão em chutes de curta distância ou a queima roupa, como na defesa que fez no voleio de Kieza. Porém, ele é um goleiro que sempre joga adiantado e se posiciona mal nos chutes de fora da área. Apesar da felicidade do chute do jogador do time do aterro sanitário, Lomba se posicionou totalmente no lado esquerdo e demorou para voltar ao meio do gol a fim de se colocar melhor. Muitos vão dizer que a bola foi indefensável, mas chutes deste tipo tem sido sempre indefensáveis para Lomba. O que faz um goleiro top de linha é fazer milagres nas situações mais inusitadas e mostrar equilíbrio em todos os fundamentos. E outra deficiência clara de Lomba é nas cobranças de pênalti. Ele chega a ser ridículo e amador. Todo pênalti é bola em um canto e Lomba fora da foto. Espero que os nossos goleiros da divisão base não estejam se espelhando nele neste quesito.
Quanto ao técnico, eu fui favorável a que o Bahia trouxesse um técnico mais cascudo no início do ano, tipo Abel Braga, Nelsinho Batista ou até Luxemburgo, desde que este viesse amarrado com um contrato por produtividade e sem onerar os cofres do clube com o staff que o acompanha. Para tratar com jogadores jovens e os jogadores "puta véia" que se acham donas do clube, nada melhor do que um treinador que imponha respeito e que tenha experiência necessária para se fazer entender. Sou contra a vinda de treinador com perfil de aposta ou emergente. Isto deve ocorrer quando se tem uma diretoria competente e casca grossa para servir de blindagem ao treinador, principalmente nos revezes. Não é o caso da diretoria atual do Bahia, que, a cada rodada, demonstra que o slogan de campanha "A vez do futebol" não foi pra valer.