O Brasil tem
uma cultura riquíssima, do Oiapoque ao Chuí pipocam manifestações populares que
enriquecem e embelezam o dia-a-dia da nossa sofrida população. Sem dúvida, no
exterior nossa manifestação cultural mais conhecida é o carnaval, com grande
destaque para as escolas de samba, lógico que prefiro os ritmos e os trios do
carnaval baiano, mas não posso negar que o desfile da Sapucaí de fato encanta
pela criatividade e beleza dos carros alegóricos. Por outro lado, acho os
sambas enredos, em sua grande maioria, músicas repetitivas e chatas, porém
alguns se destacam pela bela melodia, pelo ritmo e pela letra como o fantástico
Aquarela brasileira de 1964, neste samba-enredo do Império Serrano, os autores
foram de uma felicidade ímpar ao percorrer o Brasil de Norte-Sul destacando
aspectos de vários estados, sobre nossa Bahia está lá:
Fiquei radiante de alegria
quando cheguei na Bahia
Bahia de Castro Alves, do acarajé
das noites de magia do candomblé
Por falar em candomblé, de acordo com o Instituto do Patrimônio
Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), dez terreiros de candomblé (Aganjú Didê´
(conhecido como `Ici Mimó´), `Viva Deus´, `Lobanekum´, `Lobanekum Filha´,
`Ogodó Dey´, `Ilê Axé Itayle´, `Humpame Ayono Huntóloji´ e `Dendezeiro Incossi
Mukumbi´, localizados em Cachoeira; e `Raiz de Ayrá´ e `Ile Axé Ogunjá´,
situados em São Félix), foram inscritos como Patrimônio Cultural Imaterial do
Estado no Livro de Registro Especial dos Espaços Destinados a Práticas
Culturais Coletivas do Estado em novembro de 2014, sendo os primeiros do país a
receber o registro, considerado inovador e mais adequado aos terreiros, pois
possibilita a proteção não somente da estrutura física, mas de toda a
simbologia que envolve o lugar, incluindo os rituais e a culinária.
Para quem não sabe, para o IPHAN, "o patrimônio imaterial é
transmitido de geração a geração, constantemente recriado pelas comunidades e
grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua
história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para
promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana". O
IPAC define como "uma concepção que abrange as expressões culturais e as
tradições que um grupo de indivíduos preserva em homenagem à sua
ancestralidade, para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial:
os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e
danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições".
Na Bahia, alem dos terreiros citados estão cadastrados como patrimônio
imaterial os eventos Bembé do Mercado, Carnaval de Maragojipe, Cortejo do Dois
de Julho, Desfile de Afoxés, Festa da Boa Morte e Festa de Santa Bárbara; a
Capoeira; o Oficio das Baianas do Acarajé e o Ofício de Vaqueiros. Com todo
respeito a esta lista, semana ela ganhou aquilo que faltava, o maior sentimento
de identidade que une os baianos, ou seja ser Bahia, fazer parte da turma
tricolor, aquela turma que ninguém vence em vibração.
A Lei 13.599, de 15 de dezembro de 2016, publicada no DOE, preencheu
esta lacuna, a partir de hoje fazemos parte deste seleto grupo de celebrações,
eventos e espaços da cultura baiana.
Art. 1º - Fica reconhecida a torcida do Esporte Clube Bahia como Patrimônio Cultural e
Imaterial do Estado da Bahia, nos termos do art. 216 da Constituição Federal e
art. 271 da Constituição do Estado da Bahia.
Quem já leu este blog sabe como venero e admiro o torcedor tricolor,
muitas vezes presto mais atenção na torcida do que no time, é de se admirar o
sentimento de amor e a entrega da Nação para com o time, não interessa em qual
divisão, não interessa se ganhando ou perdendo, o torcedor está lá para vibrar
e incentivar. É certo que as vezes exageramos e nos tornamos insuportavelmente
pessimistas e intransigentes, mas basta um drible, uma jogada de efeito ou um
gol para a torcida delirar. Quem viveu, mesmo pela TV, os dramas contra Sampaio
e Bragantino na fase final da Série B sabe o que estou falando.
Por fim, ser Bahia não é apenas torcer para o maior time do NE, é
acordar, respirar e dormir sabendo que faz parte de uma Nação que se identifica
pelas cores, gritos de guerra, cânticos alegria, sofrimento, enfim pela
paixão pelo Tricolor, que passa de pai para filho, de geração a
geração se tornando uma das maiores identidades culturais da Bahia.
Feliz Natal e Próspero Ano Novo a todos, em janeiro já tem Bahia nos States, que 2017 termine como 2016, com o Bahia na elite do futebol brasileiro.
A grande preocupação da torcida no momento é a formação do elenco pra série A/2017. Tá muito devagar! Primeiro tem que fazer rapidamente uma avaliação do atual elenco e dar uma vassourada em boa parte dele. Depois uma peneirada nos times da serie B/2016 e contratar aqueles que se destacaram (é um custo mais baixo e tem muita gente que sonha em vir jogar no Bahia. A nível nacional, os jogadores de serie A, acredito que tem muito jogador na reserva que também poderia vir,não esse Marquinho Gabriel(especulado) que já passou por aqui e é jogador chinelinho, que não tem compromisso. O Paulo Vítor do Flamengo por exemplo seria um bom reforço.
ResponderExcluirPor último, olhar o mercado Sulamericano onde tem certamente bons valores.
Ver qual o orçamento disponível, acionar esse tal de "Dade" e ser mais agressivo, caso contrário só vai achar sobras.
Outra coisa, não cair no engano de achar que esse elenco que está aí serve!
ST,
Antonio Neves.
Prezado Antônio,
ExcluirConcordo plenamente. Temos de manter uma base, mas precisamos reforçar e muito o time para o Brasileirão, tem de vir jogador para defesa, meio e ataque. Mas, tenho esperança que a Diretoria aprendeu com os erros do passado e vai fazer boas contratações.