Depois de um longo e tenebroso inverno, ou melhor, após um longo e escaldante verão, com direito a seca e racionamento de água na capital do País, o Esquadrão voltou a campo. Por coincidência ou não, o jogo teve característica das duas estações, foi quente na questões de disposição e violência, e frio, quase congelado, nas questões técnica e de emoção. Tudo junto e misturado, acabou sendo um jogo morno.
O Fortaleza começou tentando pressionar, mas após os 10 minutos iniciais quando teve uma chance bem defendida por Jeanzinho, a euforia passou, e o Bahia começou a dominar o jogo, procurando tocar a bola e acalmar o jogo. Foi assim até o outro lance polêmico do jogo com a expulsão de Juninho, novamente concordo com o juiz, entendo que a primeira falta era totalmente desnecessária e foi feita com força excessiva, e na segunda Juninho segurou o adversário, o que normalmente é punido com amarelo, vejam a transmissão dos lances pelo globo.com.
Mesmo concordando com o árbitro nos dois lances capitais do jogo, entendo que o mesmo teve uma postura caseira, sendo compreensivo com a violência dos cearenses e rigoroso com nossos jogadores.
Após a expulsão de Juninho, o jogo tomou outra feição, o Fortaleza passou a ter a posse de bola e o Bahia se fechou, para isto Guto promoveu a estreia de Mateus Sales (MS) no lugar de ZR. Por sinal, MS, Renê Júnior e os dois zagueiros tiveram uma atuação muito boa, mesmo com um a mais, o Fortaleza só criou 3 chances de gol, a primeira anulada por Armeiro, bom trabalho defensivo; a segunda salva por Thiago, o melhor em campo; e a terceira por Jeanzinho, começando a passar confiança para a zaga e torcida.
Se o lado defensivo foi bem, o mesmo não se pode falar do ofensivo, mesmo quando o jogo estava 11 x 11 não criamos nada. A incapacidade de criação do meio do Bahia e de penetração (lá ele) do ataque começa a incomodar, não chutamos e nem temos jogadas de fundo, o que reforça a opinião geral da massa tricolor, precisamos urgentemente, para ontem, contratar jogadores para o ataque, um jogador de velocidade e outro de força precisam chegar no Fazendão já com a camisa de titular para estrear de imediato.
Voltando ao jogo, o Bahia só voltou ao ataque após os 36 minutos do segundo, o Fortaleza já não tinha força para pressionar e acabou indo de qualquer jeito para frente, deixando espaços atrás, em dois lances Régis foi bem, mas o passe foi cortado no primeiro, e no segundo ele foi calçado.
Sobre os novatos, gostei de Armero, seguro na parte defensiva, mas ainda carecendo de força na parte ofensiva; Zé Rafael demonstrou mais uma vez que atuar aberto não é a dele, arrisco em dizer que seria mais produtivo centraliza-lo e abri Régis pela esquerda; Alione mostrou que ainda vai demorar um pouco para entrar em ritmo, porém demonstrou ter qualidade técnica, mas sem perna é difícil concluir as jogadas com êxito; MS entrou e fechou a frente da zaga com RJ, tem tudo para ser titular em pouco tempo.
Considerando que foi a primeira partida oficial do ano, aprovo a atuação tricolor, mas não podemos tapar o sol com a peneira, atacantes precisam chegar urgente, senão vai ser difícil furar as retrancas que teremos pela frente. Por fim, bola fora do Esporte Interativo, jogou começando as 22:30 é de matar o peão.
Miguel, ótimo texto, mas discordo quanto à arbitragem. Pra mim, ele foi rigoroso demais com Juninho e errou no gol do Bahia
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