Acabou o primeiro quarto da Série
A, e o Bahia vem se mantendo de forma merecida na primeira parte da tabela, são
14 pontos conquistados em 27 disputados, um pouco mais de 50%, mantida esta
média, podemos sim lutar por uma vaga na pré-libertadores. Ademais, foram 5
jogos fora com 2 empates e três derrotas, aproveitamento ruim 2 pontos em 15. Por
outro lado, alcançamos o sonhado 100% de aproveitamento em casa, com 4 triunfos
sendo 3 contra times do S e SE maravilha.
Dentro de campo, Róger teve a
clarividência de enxergar nossas deficiências e trocou o 4-2-3-1, que o Bahia
usa desde a era Guto, para um 4-3-2-1 ou 4-3-3 como queiram. Aproveitei o longo
tempo sem fazer um post para me dedicar mais detalhadamente ao que os números
mostram do time de Róger. Para quem gosta de números, recomendo baixar o
footstats premium, um show de dados.
Nos gráficos podemos ver que
independentemente de ser mandante ou visitante e do esquema que se usa, o Bahia
mantém números bem parecidos. Reparem que todos os gráficos possuem
praticamente o mesmo formato de um avião.
Analisando os fundamentos
escolhidos, o que mais me preocupa é a média de lançamentos por partida, 31,
número muito elevado, principalmente porque estes lançamentos partem na sua
maioria dos zagueiros, e eu tenho uma teoria, se o cara soubesse seria meia e
não zagueiro. Ontem contra o Inter, nos 10 primeiros minutos foram vários. A
situação ainda piora quando comparamos os lançamentos errados com o certos, são
quase 2 errados para cada certo, sendo que no jogo contra o Fluminense em casa
e com o esquema 4-2-31, erramos mais de 3 para cada certo. Em contrapartida,
quase não viramos a bola, são apenas 2 viradas de bola por jogo, baixo demais,
precisamos fazer isto mais vezes para surpreender o adversário. Outro ponto
negativo é a quantidade de bolas perdidas, perdemos uma média de 28 bolas por
jogo, sendo que na derrota para o Inter perdemos 41 vezes.
Por outro lado, temos um desempenho
razoável nos desarmes, são 15 desarmes certos por jogo, sem dúvida Gregore é o
destaque neste quesito. Outro ponto positivo e que mostra o trabalho conjunto
do time é que mais de 70% das finalizações do time contaram com a assistência
de um companheiro, o que mostra também a solidariedade entre os jogadores.
Um dado que chama a atenção é que
no esquema 4-3-2-1, mesmo com a zaga mais protegida, Douglas tem sido mais
exigido, são 7 defesas contra 4 no esquema mais ofensivo. Sendo uma média de 2
defesas difíceis no 4-3-2-1 contra 1 no esquema 4-2-3-1. O que mostra que
ajustes ainda precisam ser feitos. Por fim, com relação aos passes, o Bahia já trocou 3.075 passes no campeonato, sendo 8 certos para cada errado.
Em suma, números não devem ser
usados como verdades absolutas, mas se espremidos revelam aspectos que precisam
ser melhorados. Finalizo reiterando que o elevado número de lançamentos é muito
preocupante, pois demonstram a incapacidade do time sair com a bola dominada de
trás. Mas, o padrão demonstrado no conjunto dos números é extremamente positivo.
Vou tentar fazer uma análise por jogador, mas não prometo.
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