Há muito tempo eu não via o Bahia
tão dominante numa partida. Não demos espaço, nem sossego para o Bota respirar,
foi pressão do primeiro ao último minuto, com o time sempre postado no campo
ofensivo, diminuindo as chances do time adversário segurar a bola e cozinhar o
jogo. Teve um lance aos 43 do segundo tempo que representou bem o que falo,
Flávio estava marcando a saída de bola do Botafogo na entrada da área deles, e
o Bahia estava com seis jogadores no campo de ataque. Esta foi a postura
durante todo o jogo.
O Bahia entrou ligado, correndo
muito e tocando a bola com velocidade. Demos um único vacilo quando deixamos
Diego Souza livre para fazer um belo lançamento, mas Douglas estava atento e se
antecipou ao atacante, no mais nosso goleiro foi um espectador privilegiado. O
que mais gostei do Bahia ontem foi a proximidade entre os jogadores. Pela
direita Nino e Arthur se aproximavam contando com um importante apoio de
Flávio. Pela esquerda, o trio Moisés, enfim uma bela partida em termos
ofensivos, a última tinha sido contra o Flamídia; Élber, em uma das suas
melhores partidas pelo Esquadrão; e Guerra, enfim jogou bola, infernizaram o
lado direito deles. A movimentação entre os 3 era constante, uma hora Guerra
estava pela meia, outra pela ponta, o mesmo para Élber e Moisés.
Esta bela atuação do nosso lado
esquerdo desafogou nosso lado direito e o Baia deixou de ser aquele time
capenga que só ataca por um lado, sobrecarregando Arthur e Nino. Ademais, com
os dois lados funcionando bem, a defesa adversária tem de dividir sua atenção.
Recentemente, critiquei aqui
Gregore e Flávio por entender que ajudam pouco a parte ofensiva da equipe.
Ainda acho que Gregore está abaixo do que pode e já rendeu no Bahia. Flávio vem
numa crescente bem interessante. Ontem, Flávio foi fundamental na distribuição
de bola e, principalmente, na triangulação de jogadas pelo lado direito. E os
dois fizeram uma bela e importante jogada no segundo gol.
Em suma, ontem o Bahia teve a
pegada e a postura que a torcida espera dentro de casa. Não tomou conhecimento
do Botafogo e pressionou o tempo inteiro. Para o jogo contra o Avaí, crescendo
no campeonato, fica a dúvida se volta Ronaldo ou mantém Guerra. Eu iria de
Ronaldo no primeiro tempo, quando o adversário pressiona mas, mas voltaria com
Guerra no segundo. Mas, algo me diz que Róger vai manter a equipe.
Para não deixar passar em branco.
Ontem, foi importante a entrada de João Paulo, mas entendo que nosso treinador
precisa rodar mais os jogadores, eu não teria colocado AK e Fernandão, daria
uma oportunidade a Marco Antônio e Sahylon. O jogo estava tranquilo, era hora
de colocar no time quem tem menos experiência e precisa ganhar confiança.
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