Uma coisa não podemos negar, Roger está na mesma pegada
nossa sobre o péssimo futebol praticado pelo Bahia nas últimas partidas. Ontem,
o treinador deu mais uma prova disto, quando, aproveitando a ausência de
Gregore, deu uma mexida radical na escalação e na estrutura da equipe.
Entramos com apenas um volante de ofício, Flávio, e lá na
frente, para a surpresa geral, veio de Fernandão, com Gilberto indo comer um
merecido banco. Diferentemente dos últimos jogos, o Bahia entrou mais
concentrado na partida, exceção feita a Élber que continua passeando no espaço
sideral enquanto a partida rola na Terra, com isto, os erros de passes caíram
um pouco. Contudo, a confiança da equipe continua beirando o fundo do oceano,
com isto, mesmo com o time cheio de meias e atacantes, o Bahia mais uma vez se
limitou a defender, mesmo quando tinha um a mais em campo. E de tanto a bola
chegar na mediações da nossa área, o Cruzeiro foi criando suas chances, sendo que
duas foram bem claras.
Já apontei isto aqui, e ontem ficou ainda mais evidente,
precisamos de alguém no meio capaz de tocar a bola com velocidade ou fazer um
passe mais longo, nossos meias e atacantes buscam sempre carregar a bola. Nos
dias de hoje, com os espaços cada vez menores em campo, nem sempre isto vai dar
certo, na maioria das vezes, devolvemos a bola de graça para o adversário na
segunda tentativa de drible. Não dá para jogar assim o tempo todo, lembrando o
comentarista do jogo de quarta que disse “o Bahia tem as flechas, mas não tem o
arco”, ele está correto, a flecha perde muito da sua efetividade sem o arco,
por isto a produtividade de Arthur caiu tanto.
Uma coisa que me chamou a atenção ontem foi que Arthur e
Élber perderam muito o poder de recomposição na defesa, Orejuela, guardem este
nome, fez a festa pelo lado direito deles, aparecendo sempre livre. Por falar
nos dois, ontem Roger inverteu ambos no primeiro tempo, Élber pela direita e
Arthur pela esquerda, achei o rendimento aquém de quando jogam invertidos. Isto
ficou claro quando Arthur veio para direita e foi outro jogador no segundo
tempo. Enquanto isto, Élber continuava caçando Jedi lá pela esquerda.
Terminando, Orejuela, vinha infernizando pela direita,
acabou cometendo um pênalti infantil e foi expulso. Só para não esquecer, mais
um pênalti marcado pelo VAR, aquele que só prejudica o Bahia. Por sinal, o pênalti
aconteceu no único lance que Fernandão recebeu a bola no chão e tentou o chute.
Entendo que Fernandão é um monstro nas bolas aéreas e apenas modesto na bola
pelo chão, mas não podemos ficar o jogo todo jogando bola na área a esmo como
fizemos ontem. Chequei aqui no Footstats, foram 29 cruzamentos, só 3 certos.
Ele e o Bahia podem mais, ele é forte e tem capacidade de fazer o pivô para a
aproximação dos atacantes e meias.
Saímos de sexto para décimo na tabela, mas ainda dependemos
só das nossas forças para beliscar uma posição melhor na tabela. Agora é voltar
a brocar em casa. Eu tiraria Élber, dava um tempo para ele caçar Pikachu em
paz, e colocava MA na esquerda, retornando Gregore para o meio. SEMPRE ACREDITE
NO BAHIA
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